segunda-feira, 13 de junho de 2011

Entrevista Daniks Fisher!

O vicentino Daniks Fischer é natural de Santos (1972), tem 37 anos, radicou-se em São Vicente desde bebê, morou na Califórnia em 1992, casou-se em 1998, começou a surfar em 1982, se profissionalizou em 1995, tem 48 viagens internacionais no currículo (sem computar as idas quando criança para Uruguai, Paraguai e Argentina – por três vezes em cada), sendo 15 somente para o Havaí, desde 2003 mantém uma escola pública de surf na Praia do Itararé, em São Vicente, é provisionado em Educação Física, bacharelado em jornalismo e está cursando Direito em Santos.

Da sua entrevista para o surf web noticias:


Em primeiro lugar quero agradecer por responder minhas perguntas, é uma honra e satisfação poder fazer entrevista com um ícone do surf no Brasil.
DF: Opa, é uma satisfação saber de seu interesse..
Vamos Lá!
Swn: Daniks, você acha que as grandes marcas estão de olho na galera brasileira que está surgindo?
DF: Mais ou menos, ultimamente as matrizes das marcas internacionais tem compromissos com suas filiais aqui no Brasil e isso tem pesado na balança. Mesmo assim, tem muitos expoentes com patrocínios, mas que estão ganhando pouco. Então, olhar é uma coisa, todo mundo olha, o lance é investir....

Swn: Você acha que os Brasileiros têm condições de se manter no tour do Wqs e WT? Qual a formula para permanecer na disputa?
DF: Pelo nível técnico tem sim. O problema é saber se a verba dos patrocinadores serão suficientes. No nível técnico, basta treinarem mais em points breaks pesados.
Swn:O que você achou da vitoria do Adriano de Sousa, o que essa conquista representa para o surf Brasileiro?
DF: Sensacional. Elevou a alto-estima do atleta brasileiro. Com esse resultado e ele na liderança, ainda que passageira, os gringos vão respeitar mais o Brasil e seu mercado. Significa muita coisa boa para o Brasil e seus surfistas.

Swn: Falando sobre sua carreira, como foi ser campeão Brasileiro e Paulista de surf?
DF: Quando ganhei o brasileiro da Cyclone, foi um momento muito especial, porque eu tinha morado na Califórnia um ano antes, e isto revela que é uma fórmula muito boa para quem quiser vencer no surf – morar no exterior. O Mineirinho por exemplo bastou ir morar na Califórnia que os resultados estão aparecendo mais ainda. Os títulos paulistas foram na categoria universitária. Eu posso afirmar que o surf me deu uma faculdade completa com a bolsa 100%, em função dos campeonatos universitários.

Daniks no Hawaii!

Swn - Os dois circuitos mais cobiçados, qual foi a vitória mais importante dentre os dois?
DF - Sem dúvida o título brasileiro.

Swn - Fale um pouco como foi assumir a presidência da Associação de surf de São Vicente?
DF - Eu já era vice-presidente, mas não tinha autonomia perante ao restante da diretoria, que já estava em seu segundo mandato. Quando foi outubro do ano passado teve a eleição e eu passei a ser o candidato natural da situação porque o presidente não podia se candidatar pela terceira vez seguida. Eu assumi em novembro, com a papelada toda atrasada. Fiquei até o mês passado saneando a parte político-administrativa. De cara reativei nosso endereço eletrônico, que já estava há quatro anos fora do ar. Fiz assembléia geral, mudei o logo, alterei o estatuto e criei o regimento interno. Fechei várias parcerias e abri o quadro associativo para a comunidade em geral. Estamos atualmente com mais de 100 sócios, sendo a metade contribuintes. Fazemos sorteios mensais todo mês desde o início do ano e há um mês fechamos o circuito vicentino, com apoio principal da South to South e da prefeitura de São Vicente. Também fizemos a Noite da Pizza, um evento social em que arrecadamos 150 litros de leite para uma creche, com a presença de 150 pessoas. Há um mês rodamos nosso primeiro informativo de quatro páginas, que será mensal e com mil exemplares daqui para frente. Semana passada arrumamos um patrocínio para um jovem de 12 anos, que havia acabado de se filiar na associação.





Swn - E o que isto representa a você?
DF - É um sonho realizado, desde que cheguei nos 30 anos de idade, sempre quis me envolver com a parte administrativa da associação, somente agora com 38 eu tive minha oportunidade. Algumas pessoas que não queriam que chegasse até aqui torceram o nariz, é natural porque isso envolve muita política. Mas como vivi minha vida toda competindo e os últimos dez anos fazendo projetos sociais, sei bem o que é preciso fazer para decolar uma entidade e o surf de competição. Então só tenho a agradecer a todos os que confiam no nosso trabalho. O resultado já está começando a surgir. Isso é uma grande satisfação, apesar da correria de ter que lidar com meus estudos e minha vida pessoal.


Escola de Surf

Ping-Pong
Idade – 38
Altura- 1,75
Peso- 83kg
Hobbie quando não surfa- ando de jet
Prato preferido- sushi e sashimi
Som preferido dentro d água -eletrônico
Som preferido Fora d água - samba
Prazer - estar com minha família num churrasco
Surfista preferido -Fabio Gouveia
Se não pegasse onda, faria o que? Lutaria jiu-jítsu

Bem Agradeço imensamente, mais uma vez, foi uma honra, entrevista-lo.
É nóis!


Valeu Daniks!!! Foto - Daniks no salão!!!


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